“Ler mudou, muda e continuará mudando o mundo”
Virgínia Woolf”
Desde os primórdios da sociedade, a busca pelo conhecimento sempre esteve presente. Inicialmente transmitido de forma oral, o saber foi sendo registrado à medida que a escrita se desenvolveu. Os antepassados usavam as paredes de cavernas, os troncos de árvores e, mais tarde, papiros para registrar suas tradições e descobertas. Com o tempo, o conhecimento acumulado passou a ser organizado, e bibliotecas como a do Museu de Alexandria, criada no século III a.C., surgiram para reunir e estruturar o saber humano.
O papel das bibliotecas na preservação do conhecimento é como o de uma guardiã do saber. Lá é possível encontrar registros históricos e informações de qualidade que preservam a memória coletiva da humanidade, evitando a perda de informações valiosas ao longo do tempo. O acervo garante as gerações futuras a continuidade do desenvolvimento intelectual ao aproximar de registros autênticos de gerações passadas.
Também os bibliotecários são indispensáveis para garantir que esse acervo seja organizado, atualizado e acessível. Seu trabalho vai muito além de catalogar livros; eles são mediadores do conhecimento, orientando leitores na busca por informações confiáveis e incentivando a leitura crítica. Com a crescente quantidade de informações disponíveis na internet, a atuação dos bibliotecários se tornou ainda mais relevante, pois são eles que ajudam a distinguir fontes legítimas de conteúdos duvidosos.
O acervo digital é um avanço para a preservação de informações e ao acesso facilitado a conteúdos. Ele garante a existência de um registro histórico, protegendo documentos contra deterioração física e desastres naturais, além de evitar o manuseio desnecessário dos documentos originais. Além de democratizar o acesso, otimizando tempo e conectando diferentes áreas de conhecimento. É uma ferramenta essencial para a pesquisa, servindo como fonte para estudos, reportagens e trabalhos acadêmicos com embasamento fidedigno.
Em tempos de fake news, as bibliotecas ajudam na luta contra a propagação de informações falsas. O acesso a materiais de referência confiáveis é uma maneira de checagem de fatos e incentivo ao pensamento crítico. Só assim a desinformação não cria raízes para manipular o que seja a seu favor. Cidadãos bem informados são menos vulneráveis ao controle e distorção dos fatos.
Cuidar da memória institucional ajuda a criar pontes entre o passado e o futuro, transforma experiências acumuladas em inteligência organizacional e, acima de tudo, reconhece as pessoas que construíram essa trajetória. As bibliotecas garantem que a história das instituições não se perca, possibilitando que novas gerações aprendam com o passado e construam um futuro mais sólido. Além de contribuir para consolidar e valorizar a história da marca.
Incêndios como os ocorridos no Museu Nacional do Brasil, em 2018, e na Cinemateca Brasileira, em 2021, foram grandes tragédias para a preservação do patrimônio histórico, cultural e científico do país. Esses eventos trágicos evidenciam a fragilidade de muitos acervos e a necessidade urgente de investimentos na conservação de registros históricos.
A destruição de séculos de conhecimento ressaltou o papel fundamental das bibliotecas e dos centros de memória na proteção do legado cultural e acadêmico. Garantir a conservação desses espaços é essencial para que futuras gerações tenham acesso à riqueza da história e da ciência, evitando que perdas irreparáveis se repitam.
A Memória da Eletricidade zela por um acervo bibliográfico riquíssimo. Em 2023 foi lançada a Rede Bibliotecas da Energia, que agrega os acervos das bibliotecas Léo Amaral Penna, da Memória da Eletricidade e a biblioteca da Eletrobras e Eletronuclar. Além de publicações especializadas no setor elétrico, a rede possui um acervo de obras raras. O catálogo das 3 bibliotecas está disponível para consulta gratuita no link www.bibliotecasdaenergia.com.br
